Se não querem "spoilers" de A Guerra dos Tronos ou do Elder Scrolls, não leiam!
Admito, que aquele é, de longe, o pior trocadilho que podia ter arranjado para o título. Independentemente disso, acredito que este vai ser o melhor início de sempre. Como banda sonora do texto, dou-vos isto.
A Guerra dos Tronos é, talvez, das séries mais famosas que anda por aí. Isto é, quem anda pela Internet ou faz alguns "zappings" pela TV já deve ter descoberto, porque publicidade cá, nas ruas, etc, nem vê-la.
Mas não é da sua popularidade que quero falar (ela fala por si), mas sim do porquê. Como é que uma série medieval se torna tão popular? Bom, obviamente que aqui falarei um pouco na primeira pessoa, falo da minha experiência.
Tenho a dizer que, o início de A Guerra dos Tronos, é um pouco chato, mas isso até se compreende depois. Uma História tão complexa (sim, com H, porque existe mesmo um Universo por de trás de tudo isto), precisa de alguma introdução. E só no 2º episódio é que a coisa começa a ficar interessante, com intrigas e rivalidades entre famílias. Penso que a duas coisas que podem cativar alguém a ver a série durante a maior parte da 1ª temporada é: o grande elenco que a série apresenta, desde a Sean Bean, extremamente famoso no cinema e, com um papel parecido, no O Senhor dos Anéis, até a Lena Headey, famosa pelo papel no 300, como mulher do rei Leonidas. Todos os actores fazem grandes papéis e, a meu ver, até me fazem acreditar que toda a gente de Westeros (continente onde se passa a maior parte da história) e afins, em vez de se andarem a matar, podiam fazer carreira como modelos.
Aproveitanto a sua beleza externa, a série, tal como os livros, não tem problemas em mostrar cenas extremamente adultas. Todos os fãs acabam por dizer que George RR. Martin, nos livros, consegue descrever tão bem o corpo da mulher durante o acto, como um machado a enterrar-se na cabeça de um homem (ah, só agora, a escrever, é que percebi que os dois até podem ter coisas em comum). Por isso, é normal, que a série faça juz aos livros. Mas também, com atrizes como a Natalie Dormer, eu próprio não me queixo!
Então, mas esta série só tem uma história genérica e sexo? Claro que não (embora se calhar chegasse...). Sabem, aquela sensação, quando vemos/ouvimos/lemos uma história e descrevem-nos lendas antigas e nós pensamos "epá, gostava de saber a realidade dessa lenda", mas nunca descobrimos se é verdade ou uma mera história de embalar? Pois, A Guerra dos Tronos não faz isso.
No fim da 1ª temporada, do nada! Dragões! A sério, de uma série medieval, passamos para fantasia e o sobrenatural. É uma mudança brutal, penso que ninguém espera, ao ver/ler a primeira vez e, isto, deixa-nos agarrados ao livro/série durante as próximas temporadas.
Nada pode ser melhor, mas a série acaba sempre por "brincar" com as nossas emoções. A série, facilmente, consegue credibilizar uma personagem secundária a tornar-se primária, ao, esta, fazer um acto completamente imprevisível, e consegue matar personagens, como quem muda de cuecas. Na prática, a história que o autor, George RR. Martin, tenta passar é, de um mundo extremamente violento, em que, dificilmente, milagres acontecem e os mais poderosos, corajosos e/ou manipuladores é que sobrevivem, independentemente de serem bons ou maus. Ao ver esta séries, às vezes questiono-me: o que a bondade e a maldade?
Rapidamente, apaixonamos-nos pelas personagens e tememos pela sua vida. Por outro lado, podemos, também, odiar, com todas as nossas forças, uma determinada personagem...
De qualquer das maneiras, A Guerra dos Tronos convida-nos a uma imersão extremamente real, numa combinação de intrigas, romance, fantasia e aventura. No meio de dragões, feiticeiras e mortos vivos (já vos tinha dito que também há mortos vivos?), ficamos "embriagados" com o humanismo (positivo ou negativo) que cada personagem apresenta e, acabamos sempre por nos metermos no lugar da nossa personagem preferida, para ver se sobriviamos, ou não.
Parte dois, sobre o jogo do Elder Scrolls, e parecenças com A Guerra dos Tronos, a caminho.
Abraços.
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